"Quero dizer uma coisa a você. Mesmo se alguém lhe disse: fuja, desista! Deve responder-lhe; jamais! Viva jovial e corretamente cada dia, sempre. " (Daisaku Ikeda)

segunda-feira, 7 de junho de 2010

A prática dos ensinos do Buda


Quando todas as pessoas estiverem recitando simultaneamente o Nam-myoho-rengue-kyo, o vento não vergará a ramagem ou os galhos e nem cairá torrencialmente a chuva para cavar a terra. O mundo tornar-se-á calmo e sereno como foi nas eras de Fu Hsi e Shen Nung na antiga China. Não somente as pessoas serão libertadas do infortúnio e dos desastres por toda a vida, como também aprenderão a arte de viver longa e plenamente. Observe o tempo em que a eternidade da Lei e do homem será provada. Não pode haver a mínima dúvida a respeito da solene promessa no sutra para uma vida pacífica neste mundo.

Em maio de 1273, quando estava exilado na Ilha de Sado, Nitiren Daishonin escreveu "A prática dos ensinos do Buda" com a finalidade de esclarecer aos seus seguidores que a recitação do Nam-myoho-rengue-kyo e a concretização do Chakubuku (ato de converter as pessoas ao budismo) são práticas apropriadas para os Últimos Dias da Lei (a era atual), e que estão de acordo com os ensinamentos do Buda Sakyamuni.

Nitiren Daishonin foi perseguido pelas autoridades governamentais, instigadas principalmente pelos sacerdotes de outras seitas que se sentiram ameaçados pelas verdades reveladas por ele na "Tese sobre o estabelecimento do ensino correto para a paz da nação". As perseguições culminaram com a fracassada tentativa de decapitá-lo em Tatsunokuti e depois com o exílio para a Ilha de Sado, de onde provavelmente não escaparia da morte. Essa situação provocou um grande temor aos seguidores de Daishonin e muitos abandonaram a prática da fé. Além disso, alguns discípulos foram aprisionados, ou então expulsos de Kamakura e outros tiveram suas propriedades confiscadas pelo governo.

Nitiren Daishonin estava plenamente ciente das razões dessas ocorrências por constarem nos sutras budistas e as esclareceu nessa escritura.

O título "A prática dos ensinos do Buda" significa, literalmente, praticar o budismo de acordo com os ensinos de Sakyamuni. Porém, esse título deve ser interpretado de duas maneiras. Primeiro do ponto de vista de Nitiren Daishonin, que viveu de acordo com os ensinos de Sakyamuni e cumpriu todas as predições citadas no Sutra de Lótus. Em segundo, do ponto de vista dos praticantes dos Últimos Dias da Lei, isto é, o budismo deve ser praticado de acordo com os ensinos de Nitiren Daishonin.

Dessas duas interpretações, conclui-se que, para Daishonin, o "ensino" foi o Sutra de Lótus exposto por Sakyamuni, enquanto para as pessoas desta era, é o Nam-myoho-rengue-kyo dos Três Grandes Ensinos Fundamentais revelados por Daishonin.

Todas as pessoas desejam felicidade, paz e harmonia na vida. O budismo assegura essas condições desde que seja praticado de acordo com os seus ensinos. Nessa prática, é preciso enfrentar e vencer os três obstáculos e as quatro maldades como também as ações dos três poderosos inimigos. Embora sejam situações que envolvam a vida de forma negativa, são elas que transformam fundamentalmente a vida desde que sejam superadas de acordo com os ensinos do Buda, isto é, recitando Daimoku e realizando o Chakubuku.

Dessa forma, as pessoas podem se libertar do "infortúnio e dos desastres por toda a vida" e aprender "a arte de viver longa e plenamente". Em outras palavras, são capazes de viver com base no poder do estado de Buda, uma condição de vida inabalável. Além disso, "viver longa e plenamente" não significa "não envelhecer" ou "não morrer", mas manter o vigor com a prática budista, independentemente de sua idade.

Embora possam alcançar individualmente essa condição de vida, as pessoas sentem-se impotentes diante dos problemas da sociedade e do mundo, abalado por guerras, fome e calamidades.

Quando ocorreu o ataque terrorista de 11 de setembro nos Estados Unidos, o presidente Ikeda escreveu o seguinte ensaio intitulado "Todos são habitantes da Terra":

"O homem, quando nasce, não vem ao mundo como americano ou turco, nem como árabe ou judeu. A nacionalidade é como um pequeno rótulo. Quando nasce, o homem é, antes de mais nada, uma vida, um ser humano.

"A mãe, ao conceber um filho, não pensa em gerar um árabe ou um japonês. Ela deseja tão somente ter um filho forte e saudável.

"Embora sejam chamados por nomes diferentes em países diferentes, arroz é arroz, trigo é trigo, e pessoa é pessoa.

"As nuvens que pairam alto sobre o Estreito de Bósforo sussurram entre elas observando os homens lá embaixo: 'Abram os olhos. Daqui de cima o mundo é um só. Todos são habitantes da Terra. Não há americanos nem israelenses. O que existe de fato é a 'vida' de um menino chamado Bob que mora nos Estados Unidos, e também a do rapaz Mohamed que nasceu no Iraque. Todos são filhos da mesma Terra. É muito triste ver que eles são separados por seus países, em cujo solo é plantado o ódio recíproco. Percebam, percebam essa tolice, essa arrogância, essa crueldade de deixar o ódio como herança da próxima geração.'

"O que é preciso agora é cultivar a 'consciência de habitantes da Terra'. Ela não está num lugar distante nem na tela do computador. Está dentro do coração do ser humano que padece por seu semelhante: O meu coração se aflige enquanto você, não importa quem seja, estiver sofrendo."

O budismo expõe que essas circunstâncias são produzidas pelo homem por não ter uma correta filosofia e visão humanística da vida, e que sua transformação depende da conscientização dele próprio. Essa transformação é obtida com a prática do Chakubuku, que cura a cegueira humana para a verdade da vida exposta no budismo, ou seja, a existência da natureza de Buda em todas as pessoas.

FONTE: www.estadodebuda.com.br


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Um comentário:

  1. Boa tarde ao(s) criadores deste blog. Estou enviando este comentário amistosamente para comunicar a proibição da BSGI quanto à utilização de conteúdo audiovisual, orientações do Sensei ou das publicações da mesma Organização. Se tiver quaisquer dúvidas quanto a essas informações, procure na Extranet da BSGI. Estou informando pois, tenho certeza, que de forma alguma você(s) desejam prejudicar a BSGI. No entanto, a BSGI entrará com um processo criminal aos que fizerem a criação de sites, blogs e afins, sem a permisão da mesma. Sei que posso contar com o total apoio. Nam-myoho-rengue-kyo.

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